Finalmente
Chegou o dia.
Passados 6 meses com interrupções pelo meio, lá conseguimos por a criança cá fora.
Muitos episódios entretanto foram acontecendo.
O texto foi sofrendo alterações, sem espaço para ensaiar, o Pé lá sugeriu o (Casino Afifense), para os quais um forte bem-haja, pois foram fundamentais para este projecto, entretanto era preciso um sofá para o cenário e várias vezes tentamos de diversas formas consegui-lo, até que surge alguém que tinha um para se desfazer dele como mais dois pequenos que muito jeito deram para a sala de televisão.
Para diferenciar o espaço da sala de televisão, o Troska sugere o uso de um praticável e pede emprestado ao Pato do grupo musical Arco-Íris, que logo se prestou a emprestá-lo, dando assim um novo ambiente ao cenário.
Com umas mesas e cadeiras do casino, mais uma estante adquirida no mercado local, mais uns livros uma colcha e uns lenços da casa da Ana se foi compondo a cena. Bom mas ainda faltava o equipamento de luz e som, já que o grupo nada tinha de seu.
Contactos para uns e para outros, várias sugestões foram aparecendo e lá conseguimos que com o apoio do grupo de Chafé mais o inestimável Rui Gonçalves montar o equipamento de luz e som.
Mas para operar a luz e som era preciso uma pessoa, e surgiu a ideia de convidar o Matos Lisboa, pois já tinha colaborado noutros espectáculos com alguns dos elementos do grupo e para a fotografia como não podia deixar de ser o Zé Filgueiras.
Bem chegamos ao fim da montagem e a todos os quantos nos ajudaram um muito, muito obrigado, sem vós não era possível a realização deste espectáculo.
Obrigado ao Orlando Barros pela paciência que teve para nos aturar durante estes seis meses.
Para terminar só lembrar uma pessoa que já não estando entre nós muito fez durante toda a sua vida para que pessoas como nós tivessem vontade e força para levar avante projectos deste índole, para ti LUCILO VALDEZ um muito obrigado, a ti te dedico este espectáculo, pena tenho que outros não respeitem o teu nome como todos nós deste grupo respeitamos.
Muito obrigado a todos.
João Amorim
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
"Então, que faremos às sementes?"
"Então, que faremos às sementes?", da chilena Guilhermina Padrón, traz para o palco uma questão que tem vindo a ser debatida cada vez mais: como se compreende que o homem, como ser racional e bem pensante, continue a cometer toda a espécie de crimes?
Que sementes do mal são estas que ele carrega?
Em dada altura, diz uma das personagens da peça: - Olha os alemães na 2º guerra mundial: de dia matavam os judeus nos campos de concentração, à noite ouviam Beethoven.
Que sementes do mal são estas que ele carrega?
Em dada altura, diz uma das personagens da peça: - Olha os alemães na 2º guerra mundial: de dia matavam os judeus nos campos de concentração, à noite ouviam Beethoven.
Embora o tema anuncie uma tragédia, a autora utiliza um certo tom irónico, desconcertante, razão porque apelidou a sua escrita dramática de "comédia negra".
Ao ver o espectáculo, não evitamos uma gargalhada, um sorriso, embora o que se vá ouvindo não impeça a reflexão.
Somos biliões de seres racionais, de homo sapiens, sapiens, mas no entanto a violência emocional, física, doméstica, racial,parece não regredir. Ao ver o espectáculo, não evitamos uma gargalhada, um sorriso, embora o que se vá ouvindo não impeça a reflexão.
Pergunta a autora numa entrevista ao jornal "El Paiz", de Santiago do Chile: Para que queremos a inteligência se deixamos que as mais baixas emoções a dominem?
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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